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sábado, 10 de janeiro de 2015

Especial Natal Part 6 final ♥


Eu: Caramba – bati com a mão na minha testa – Eu não falei mais com a minha mãe.
Que bela filha eu sou, esquecendo da minha própria mãe. Mas quando estou com Justin ele me distrai do mundo, e que saco de clichê.
Justin:  Bella, de qualquer forma as torres não estavam funcionando. A nevasca travou a cidade. A energia voltou, mas não sei se já dá para ligar. Porque quando estou com você é difícil eu querer falar com outra pessoa. – ele disse e eu fiquei com vontade de beijá-lo. E é isso que eu digo. Justin me distrai.
Peguei meu celular e liguei para minha mãe.
Elene: Filha! – ela disse, toda feliz e com alívio. – Eu vi a nevasca que deu aí e ontem tentei te ligar o dia inteiro para saber se está tudo bem.
Só ao ouvir essa frase percebi o quanto estava com saudades dela, da sua voz e das suas maluquices.
Eu: Oi mãe! Está tudo bem, sim.
Elene:  E sobre o Justin?
É, eu o amo.
Eu: Em uma semana as coisas mudam. – disse sem dar maiores explicações.
Elene:  Hum. Quero só ver o que a senhorita aprontou Dona Bellari.
Eu: Tô de boa. – ri e ela me acompanhou. Essas gírias são zoadas. Mas ela parou subitamente.
Elene:  E o Lucas? – ela mudou seu tom de voz.
Eu: Nós terminamos. – disse, e esperei os fogos de artificio do outro lado. Porém o que veio foi muito estranho.
Elene:  Bella, eu sei como um fim de relacionamento pode ser doloroso. Muito doloroso. Dá até vontade de se matar, MAS NÃO SE MATE PORQUE SENÃO EU TE RESSUSCITO E TE MATO DE NOVO. – ela começou a gritar e eu até me sobressaltei. De repente ela voltou ao seu tom normal e compreensivo – Sério Bella, se precisar da mamãe pode me ligar. Eu já estou voltando. Amanhã.
Eu: mãe. –sorri.
Elene:  Beijos, se cuida.
Se eu não fizer isso, Justin faz por mim, pensei, mas respondi:
Eu: Ok mãe. Te amo.
E desliguei o celular. Justin, para variar, me fitava.
 Eu: Amanhã minha mãe está voltando. – disse mordendo meu lábio. Ele assentiu.
Justin:  Que horas ela volta?
Eu: Não sei, mas acho que a tarde. A fazenda da minha vó é longe daqui. – dei de ombros – Mas por quê?
Justin: Temos até amanhã de tarde. – ele disse, sei lá, decepcionado?
Isso era um adeus?
Eu não sei por que, mas eu corri para a minha suíte. Tranquei a porta e fiquei lá chorando. Que cena ridícula.
Ele bateu na porta.
Justin:  Bellari, está tudo bem?
Lavei meu rosto e não respondi. Eu nem sabia por que estava chorando, mas estava. Eu não queria que essa acabasse.Aí eu lavei o rosto, e abri a porta. Sei lá. Deu vontade de por as cartas na mesa, não sei ao certo.
Eu queria saber o que aconteceria depois dessa semana. Ta certo. Eu gosto de Justin. Nós nos beijamos. Ele se machucou por minha causa, e eu sinto que vou ter uma parada cardíaca toda vez que olho para ele.
Mas tudo isso aconteceu muito rápido. Menos que uma semana. Fora que ele é dois anos mais velho, deve estar indo para a faculdade ano que vem e eu para o terceiro. E não passaram de beijos e tudo mais. Não namoramos, por mais que eu quisesse.
E como eu queria.
Assim que ele me viu, me abraçou e ficamos um tempo assim. Senti o cheiro dele e repousei minha cabeça em seu ombro. Depois de um tempo nos separamos e sentamos em minha cama, sem dizer nada.
Eu: Você começa. – eu disse e ele coçou a cabeça.
Justin:  Eu não tenho que falar, Bella. Você que estava chorando no banheiro.
Eu: Eu não quero que acabe. – eu disse. – Sabe, essa foi a melhor semana da minha vida...
Justin:  Shhh... – ele disse. - Não vai acabar.
Eu: Mas Justin...
Justin:  Confie em mim.
Eu: Eu confio. – disse.
Justin:  Sabe sobre o Natal? E o ano novo?
Eu: Sei. Daqui a três dias.
Justin:  Eu não estarei em Stratford.
Eu: O quê?! – perguntei indignada.
Justin:  Eu sei que você queria, eu também, mas eu passo o Natal com a minha família dos EUA.
Aí eu comecei a chorar mesmo. Porque em uma de nossas conversas nós havíamos planejado tudo e agora não vai ser do jeito que eu queria.
Eu: Você mentiu!
Justin:  Eu não queria te decepcionar.
Eu: E o que você acha que está fazendo agora?!
Ele olhou para mim, e deu um beijo na minha testa, sem dizer nada se levantou e foi saindo do meu quarto. Era o fim?
Não se eu pudesse evitar.
Eu: Justin? – ele se virou – Eu te amo.
Justin:  Eu também te amo. – ele disse e se virou novamente.
Eu: Fica aqui até amanhã? – perguntei e ele voltou do meu lado.
Eu deitei em seu peitoral e caí no sono. 
Acordei e Justin não estava mais lá. Do meu lado tinha um bilhete escrito o número de seu celular e um “I love you, don’t forget” com uma caligrafia horrorosa, que ainda assim fez meu coração pular para caramba.
Tomei banho, coloquei a minha roupa e esperei na sala até minha família chegar.
Quando estava quase dormindo, com a ideia fixa de que eles tinham desistido de voltar para casa depois da insistência da minha vó (todo ano é a mesma coisa) para eles morarem lá, a porta se abriu e exibiu meu irmão com um chapéu de palha, daqueles bem caipiras.
Minha mãe abriu os braços e disse:
Elene: Chegamos!
Corri e abracei ela forte...
depois meu pai e por fim tive que me abaixar para abraçar meu irmão.
A tarde inteira eles me mostraram o que tinham feito, ganhado e trazido lá da roça. Também me mostraram fotos, vídeos e um vestido que a minha vó tinha feito para mim. Vou ter que usá-lo Natal, já que minha mãe prometeu para a minha vó que eu iria usá-lo. Não que ele seja feio, mas minha mãe tem que parar de decidir as coisas por mim.
Experimentei o vestido, e ele até que ficou bonitinho. Ele era azul escuro bem rodado, com frente única e as costas aberta. Combinei ele com minha sapatilha preta e meu colar de pérolas.
Minha mãe se sentou na minha cama, e pegou o papel de Justin. Ela franziu o cenho ao ler:
Elene: Acho que você tem que me contar o que aconteceu durante essa semana. – ela disse com as sobrancelhas formando um arco.
Eu: Ok. – suspirei e despejei as palavras nela, e isso levou o dia inteiro.
Minha mãe foi super compreensiva, ela falou que ama o “Juju” e tudo o mais. Coisas de mãe.
Aí antes de dormir eu vi o visor do meu celular se acender e um “Boa noite shawty” fazer eu sonhar com ele.
Epílogo

Era o Natal mais chato de todos. Eu sei que Natal é praticamente a época mais legal do ano, que eu ganho presentes, que a família se reúne e tudo mais.
Mas não era isso que importava para mim. Quero dizer, o Natal já estava acabando. Já tivemos a ceia do almoço, e agora o povo estava arrumando as sobras para o jantar. Justin me ligou hoje e a conversa foi mais ou menos assim:
Justin: Oi Bella. – ele disse.
Eu: Oi Jus. – respondi.
Justin: Hum, ta tudo bem?
Eu: Poderia estar melhor. – murmurei. Eu sei que era injusto, mas poderia estar melhor mesmo.
Justin: Você está em casa? – ele perguntou.
Eu: Estou, por quê?
Justin: Só curiosidade. – ele disse. – Feliz Natal shawty. – pude ouvir o sorriso em sua voz.
Eu: Feliz Natal príncipe. – sorri também.
Justin: Tenho que desligar, te amo.
Eu: Te amo.
Desliguei. Certo, essa conversa foi super melosa. Eu acho que se fosse em outra época eu vomitaria, mas não agora. Sei lá, é legal.
Estava sentada no sofá, quase dormindo (mas tomando um certo cuidado para não amassar meu vestido azul, porque se eu conheço minha mãe ainda ia tirar muitas fotos). Via a neve cair no peitoril da janela, e  o fogo da lareira tremeluzir.
Meus olhos iam se fechando aos poucos, e a campainha tocou.
Elene:  Atende aí Beatrice! – minha mãe gritou da cozinha.
Eu levantei, cambaleei até a porta, olhei pelo olho mágico e não vi ninguém. Abri a porta e quando abaixei meu olhar vi Justin ajoelhado com uma caixinha na mão.
Parei de respirar por um momento. A visão que eu estava tendo era magnífica. A neve ao fundo, Justin com seu cabelo ao natural, sem topete e um cachecol vermelho enrolado no pescoço. Eu gosto de Justin porque ele além de lindo tem um senso de estilo superior aos dos meninos da idade dele. Mas o que mais me encanta é seu sorriso.
Justin: Oi. – ele disse.

Eu: Oi. – respondi sem conseguir conter o sorriso.
Justin: Bellari – ele disse – aceita namorar comigo?
Eu: Depende. – disse séria. O sorriso se desfez. – Vai ser para sempre?
Justin: Vai ser infinito. – ele disse exibindo o sorriso que tanto amo.
Eu: Então aceito. – sorri.
Ele abriu a caixinha e não era nenhum anel que estava dentro dela. Era uma correntinha de prata com um pingente de floco de neve. Eu olhei para aquilo meio pasma porque nunca vira algo tão bonito.
Justin: É para você não se esquecer dessa época. – ele se explicou meio encabulado.
Nem se eu quisesse eu esqueceria, pensei e me virei e ergui meu cabelo para ele por a correntinha ali. Seus dedos gelados roçaram a minha pele mas eu nem liguei, porque eu senti o frisson de novo.
Nos viramos e nos beijamos. Ouvi aqueles “owwwn” de filmes, mas não era de filme algum, era da minha própria família que eu nem sabia que assistia toda a cena.
Sorrimos entre o beijo e depois que nos separamos, Justin entrou e cumprimentou toda a minha família. Meu irmão até que gostou dele, o que foi um alívio já que ele não gosta nem de mim.
Olhei para a cena sem acreditar. E sabe aquele negócio de que era o Natal mais chato de todos? 
Esquece.

Esse foi o Natal da minha vida.......
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Aaaaah que fofo,como não amar ?
pena que acabou :(
mais em fim,espero que tenham gostado,e se preparem hein !
Amanhã voltarei com as IBs haha'
ver se comentem hein,beijos da loira S2

Especial Natal Part 5

Eu: Não. – disse assim que partimos o beijo. Justin me olhou com uma interrogação na cara, mas com um sorriso tímido. Um sorriso tímido lindo, não posso deixar de comentar. O dia já estava amanhecendo, o sol invadindo o quarto e banhando seu rosto. Tudo estava lindo, senão fosse minha boca gigante. – Isso não é certo.
Justin: O que não é certo? – ele sussurrou.
Eu: Esse negócio de nos beijarmos. – disse – Você não gosta de mim e é errado. – conforme ia falando minha voz ia diminuindo o volume.
Justin: Quem disse que eu não gosto de você? – ele falou baixo novamente, o que deixava sua voz ainda mais rouca.
Eu: Está escrito na sua testa.
Ele passou a mão pela mesma, como se tentando apagar alguma coisa que realmente estivesse escrito. Revirei os olhos.
Eu: E além do mais você tem uma namorada! – lembrei de repente.
Justin: Eu tenho? – perguntou confuso.
Eu: Sim, você tem. – disse com meu olhar faiscando para a cara de desentendido dele – Me empresta seu celular.
Ele hesitou por um segundo, mas me entregou. No descanso de tela visualizei a foto que vi em um desses dias. Do Justin beijando a bochecha de uma mulher mais velha, baixinha e com os olhos verdes. E muito, mas muito, mais bonita do que eu.
Eu: Ela. – apontei em tom de acusação.
Justin: Ela é minha mãe. – Justin disse sem paciência.
Eu não fiquei com apenas com vontade de afundar meu rosto no travesseiro, eu realmente afundei.
Eu: Ela é bem jovem. – comentei com o rosto ainda no travesseiro 
Justin: Ela é a minha rainha. – Justin disse, sorrindo para a foto.
Eu: Nunca a tinha visto antes.- disse já olhando para a foto.
Justin: Eu moro com meu pai e com a namorada dele. – ele deu de ombros e vi que ele precisava mudar de assunto. Não sei como, apenas vi.
Fiquei encarando ele, em busca de algo que respondesse o por que da tristeza ainda permanente em seus olhos que hoje de madrugada – quase manhã – estão mais escuros. Ele também me olhou e cara, eu senti aquele negócio de novo. Eu ia ter uma parada cardíaca, por qual outro motivo meu coração estaria batendo tão rápido? Mas nos beijamos de novo. Dessa vez um beijo com urgência, que era feroz e ao mesmo tempo triste. Que me lembrava – de um jeito sobrenatural – despedidas. Seria errado eu dizer que não gostei, mas ainda mais errado se eu dissesse que amei.
Eu: É... – comecei a dizer, mas fui silenciada por Justin. Ou melhor, pelo dedo dele. E eu não fiquei com vontade de mordê-lo, como faria em outra ocasião.
Justin: Não é totalmente errado. – ele disse.
Eu: É sim... – disse baixo.
Justin: Não é quando uma pessoa gosta. Aí passa a ser meio errado. – ele parou por um momento – Ou meio certo.
Fiquei olhando para meus dedos. Eram tão mais fáceis de encarar do que Justin.
Justin:  Eu não queria que fosse desse jeito – ele continuou – Eu queria que tudo fosse diferente. Que você não me beijasse só porque está com o coração partido... Eu não deveria deixar isso acontecer, mas foi a minha única chance. – ele disse de cabeça baixa – Desculpa.
Fiz que sim com a cabeça, embora eu não entendesse direito por que ele estar pedindo desculpas.
Justin: E quando eu me referi a o meio certo, ou meio errado... Só é meio porque eu gosto de você. E eu não sei se “gosto” é suficiente para dizer o que sinto.
Eu: Não é possível... – sussurrei com a mão na boca.
Todas as vezes que o  via eu sentia uma raiva imensa. Como ele conseguia ser tão fabuloso? Não era justo com pessoas normais. E também não era justo ele não reparar em mim naquela época.
Mas ele reparava.
Eu: Eu também gosto de você. – a voz saiu entrecortada, em tom baixo, quase que ele não escutou.
E nós nos beijamos. Uma coisa curiosa a respeito de Justin era que ele me tratava como se eu fosse de porcelana, que pudesse quebrar a qualquer momento. Mas eu não tinha esse cuidado. Eu passei a mão por trás de sua nuca e juntei mais nossos corpos. O beijo não era mais calmo, era com urgência. Justin apertou minha cintura, e eu segurei seu cabelo.
E paramos por falta de ar.
Eu: Cara eu gosto de você  demais. – disse sem fôlego.
Ele sorriu e eu repousei minha cabeça em seu peito. O coração dele também batia rápido e sem querer eu dormi.
Gosto de sonhos, mas agora prefiro minha realidade.
Depois...
Acordei e levantei rápido, o que me fez ficar um pouco tonta. Flashes de ontem inundavam a minha cabeça e eu sorria. Minha cabeça latejava um pouco, mas eu não me importava. Foi perfeito.
Só seria mais perfeito se Justin estivesse aqui, do meu lado. Aliás, onde ele se meteu?
Olhei pela janela e vi menos neve do que ante. Melhor assim.
Quando fui para a cozinha, abri os armários em busca de alguma coisa boa (queria que houvessem menos coisas orgânicas), Justin me abraçou por trás e deu um beijo no meu pescoço. Estremeci de leve e ele riu baixinho.
Ele pegou minha mão (é normal levar choques ao tocar em alguém? Pior, é normal gostar disso?) e me conduziu até a copa. Lá estava um café da manhã digno de gente rica. O que não é meu caso.
Sentamos e eu reprimi a vontade de me jogar em cima da comida. Bolo, ovos, bacon (que é uma das paixões de minha vida) e Justin – que de vez em quando dá vontade de morder.
Peguei um pedaço de bolo e ele me fitou.
Eu: Quer Justin? – ofereci.
Justin: Não só estou te observando. O jeito como você se movimenta é lindo.
Ok, Justin é louco. E eu gostei de ouvir isso.
Eu sorri e ele continuou me encarando. Mas que raios. Eu odeio que me observem comer (porque convenhamos, não é a coisa mais bonita de se ver e eu preciso de um babador), me deixa sem graça. E depois eu sempre deixo alguma coisa me sujar, ou cair no chão. Agora com Justin me observando é pior. Porque ele vai achar que eu como demais. E minha mãe disse que se eu continuasse comendo desse jeito eu ia morrer sozinha.
Eu: Para Justin. – disse vendo que eu não conseguiria fazer nada com ele me observando.
Justin: Parar com o quê? – ele perguntou, realmente sem ter ideia do que estava fazendo.
Eu: De não comer. Não gosto de comer sozinha.
Ele riu.
Justin: Eu já comi.
Peguei um pedaço de bolo no garfo e direcionei até a boca dele. Ele comeu e depois de muita insistência começou a comer comigo. Se uma pessoa come bastante, essa pessoa não é Justin. Porque ele come o dobro.
Então ele começou a rir, do nada.
Eu: Que foi? – perguntei.
Ele nada disse e se inclinou na minha direção. Passou o dedo de leve, no canto esquerdo da minha boca.
Dizem que frisson é uma sensação intensa. Um arrepio. Uma agitação da alma. Era isso que eu sentia quando encontrava os olhos de Justin.
Então nos aproximamos devagar, e já podia sentir a respiração quente dele bater contra meu rosto e depois...
A campainha tocou.
Nos afastamos depressa, com as bochechas quentes.
Eu: A neve já derreteu? – perguntei um pouco depressa.
Justin:  Sim. – ele disse.
Isso era bom. Odeio neve. Mas era irremediavelmente ruim. Eu não teria mais que ficar com Justin 24 horas. E isso me dava um aperto no coração. Porque eu só o veria uma vez por dia. Tudo bem, eu estou sozinha em casa, mas mesmo assim. Se nem eu mesma me aguento por que ele aguentaria?
Ele me ama.
Mas eu também me amo e não me aguento.
Droga de pensamentos!
Justin:  Você não vai atender? – ele perguntou.
Eu não queria atender. Porque eu tinha certeza que eu pularia no pescoço de quem quer que esse inoportuno fosse.
Justin: Quer que eu atenda? –  ele perguntou um pouco preocupado.
Eu: Pode ser. – disse por fim – Diga que eu estou tomando banho.
Ele assentiu e foi em direção a porta. Eu respirei fundo e afundei meu rosto em mãos. Fui para meu quarto correndo – mas antes peguei um bacon porque ninguém é de ferro.
Peguei um moletom rosa que eu amo, dos Lakers, uma calça jeans nova e um tênis all star, preto clássico. Era uma roupa que eu amava, que eu demorei para escolher (tendo em vista que quase sempre pego a primeira coisa que vejo) e que eu esperava que desse a impressão de despretensiosa.
Olhei no espelho antes e quase tive um treco. Justin me beijou, abraçou e tudo mais comigo daquele jeito?
Tomei meu banho escaldante e me arrumei correndo. Tudo isso em cinco minutos. Passei um gloss meio rosado e desci as escadas.
Um silêncio mortal foi quebrado por causa do barulho dos meus pés na escada de madeira.
Meu sorriso se desfez ao ver quem estava na soleira da minha porta.
Justin o encarava com fúria e eu quis me enterrar nas cobertas para nunca mais ter que sair.
O dia estava tão bom que eu havia esquecido dele.
Lucas.
Lucas: Oi amor. – ele disse com a voz que antes me fazia estremecer. Quero dizer, ainda me faz. É como se eu visse uma barata. E eu não tenho medo de baratas. Tenho nojo.
Olhei de relance para Justin, que me olhava. Observei que ele recuara um ou dois passos e me dera passagem. Ele esperava alguma atitude minha.
E eu?
Eu rezei para que pelo menos uma vez na vida eu tomasse alguma atitude decente. Sem me arrepender depois.
Eu: Lucas, sabe eu não sei como te contar isso.
Lucas:  Não me diga que você está grávida. – ele disse com o semblante preocupado.
Eu: Não! – quase gritei. – Isso é logicamente impossível!
Lucas:  Ah. – ele suspirou aliviado. – Então o que você tem para me contar?
Eu: Eu não gosto de você.
Lucas: Eu sei, você me ama. – ele disse se aproximando mais, e eu recuei mais alguns passos.
Eu: Não, caramba! – disse com as mãos nas têmporas – Você não sabe levar um fora? Eu não gosto de você. Nunca gostei. Nunca te amei. Você parece um ogro!
Ele me olhou, a raiva em seus olhos esverdeados.
Eu: Já deu para mim. – continuei falando – Eu não te suporto! Eu te usei e agora está na hora de jogar fora.
Lucas:  Acabou? – ele perguntou de cenho franzido.
Eu: Não. – disse puxando Justin e lhe dando um beijo de tirar o fôlego. O meu fôlego. Era diferente dos outros, era mais rápido e mais envolvente. Eu passava a mão na nuca de Justin e brincava com seu cabelo, ele segurava a minha cintura. Depois diminuímos o ritmo e selamos nossos lábios uma última vez. Sorri para ele e ele retribuiu o sorriso.
Olhei para Lucas novamente.
Lucas: Bellarem... – ele ia dizendo.
Eu:Bellari. – corrigi e ele deu de ombros.
Lucas: Está vendo? Eu nem tenho tempo de decorar seu nome. Eu só quero meu celular.- ele disse sério.
Eu me dirigi ao meu quarto e peguei o eletrônico preto. Era caro. E já que o negócio sentimental não deixou nenhuma marca nele, eu ia deixar a marca do meu pé em seu celular. Joguei o aparelho no chão e pisei em cima. Ou sapateei em cima. Tanto faz. Rachou a tela.
Depois, como não me contentei só com aquilo, fingi deixar cair na escada. E ele saiu pulando, quase como os olhos de Lucas pularam para a fora da cara.
Ele pegou do chão sem nem olhar a tela e colocou no bolso.
Lucas: Obrigado vadia. Achou mesmo que eu te aceitaria com todo seu lance da virgindade? Sou homem e tenho necessidades. – ele disse e deu um sorriso debochado.
Meu sangue ferveu, mas eu fiquei sem reação. O que aconteceu a seguir foi muito rápido.
Vi Justin avançar em Lucas e dar um soco no seu queixo. Lucas caiu e depois se levantou bem devagar. Eles trocavam olhares cruéis. O lugar onde Justin socou estava vermelho ele colocou a mão ali, ainda sorrindo com deboche. Ele se preparou para avançar mais uma vez, mas eu fechei a porta antes que isso acontecesse. Tranquei e gritei que eu nunca mais queria vê-lo e ele falou que isso era um favor que eu fazia a ele.
Afundei minha cabeça no peito de Justin e segurei o nó na garganta para que ele não se transformasse em lágrimas. Olhei para o chão e vi ele respingado de gotas vermelhas.
Olhei para a mão que Justin não estava usando para afagar minha cabeça e vi um corte no dorso dela. Segurei sua mão.
Justin:  Não foi nada. – ele disse.
Eu: Caramba Justin, está sangrando! – disse nervosa - É lógico que foi alguma coisa!
Conduzi ele até o banheiro e coloquei a mão dele em baixo da torneira. Ele fechou os olhos e eu fui em busca da maleta de primeiros socorros.
Fechei a torneira e conduzi Justin até meu quarto.
Eu: Senta aí. – indiquei a cama.
Ele sentou e estendeu a mão para mim. Peguei uma faixa na caixa de primeiros socorros e uma pomada. Apliquei a pomada e enrolei a faixa em torno de sua mão, fechando o curativo com um pedaço de esparadrapo.
Justin: Obrigado. – ele disse – Vai ser enfermeira quando crescer? – ignorei o fato de que eu vou continuar essa nanica para sempre.
Eu: Não. Odeio sangue.
Justin: Você pareceu não ligar para o meu.
Eu: Eu odeio qualquer tipo de sangue. Mas odeio muito mais te ver machucado.
Ele olhou para mim, meio perplexo, mas depois abriu um sorriso. Meu coração bateu mais forte e eu sorri de volta.

Ahhh muito fofo esses dois né ?
pena que só tem mais dois caps e vou voltar com as IBS que estão atrasadas e peço desculpas minhas gatas,sabe que eu amo cada uma de vocês né ?
Mais é que esse calor tá brabo tá difícil ficar escrevendo aqui rs'
Mais em fim espero que gostem e comentem beijos da loira S2

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Especial Natal Part 4

Ouvir aquilo fez meus músculos se enrijecerem. Eu levantei quase que imediatamente e desci as escadas em pulos. Aquilo não poderia estar acontecendo. Cheguei à porta e quase arranquei a maçaneta de tanto girá-la. Depois, com raiva, dei muitos socos na madeira rústica.
Justin segurou meus braços para que eu parasse de bater na porta. Não sei se fiquei com raiva por ele ter feito isso, ou agradecida. Acho que um pouco dos dois.
Ele soltou meus pulsos e nos encaramos. Ele deve ter ficado muito frustrado por estar preso comigo. Mais do que eu estou frustrada por estar presa com ele. Sua expressão estava cansada e seus olhos um pouco tristes. Mas que raios de mania de ficar tentando interpretar o sentimento das outras pessoas...
Sem dizer nada, subi para o meu quarto. Encostei a porta (minha mãe não deixa a chave comigo depois que comecei a sair com Lucas, mas eu sou grata a ela porque pelo menos agora eu tenho minha porta), e fiquei vendo a neve cair pesadamente pela janela.
Depois dizem que eu sou louca por não gostar de neve. Eu odeio neve. Ironia – ou muito azar? – eu morar no Canadá. Mas fala sério, qual é a mágica de gelo caindo do céu? De ter que sair de casa encapotada de tanta blusa, ter de secar o cabelo antes de sair para ele não congelar (literalmente) e de quase cair no meio da rua por causa do chão escorregadio?
A noite já chegava e eu me enrolei no meu cobertor rosa, na cama, abraçando meus próprios joelhos. Não sabia de Justin, não sabia de Lucas, não sabia de minha mãe, não sabia nem de mim mesma.
E de repente, no meu silêncio obscuro, ouve um estalo e a luz se apagou. Tudo se apagou. Duvido que havia energia em Stratford àquela hora. É isso que acontece em tempestades de neve.
 O susto que levei foi tão grande que antes que eu pudesse me impedir, soltei um grito.
Coloquei a mão trêmula sobre a boca. Por que as piores coisas têm de acontecer nos piores momentos?
Fiquei parada na cama, tremendo um pouco. Ouvi alguns passos rápidos chegando cada vez mais perto e no mesmo instante me arrependi de não ter ido para a fazenda de minha vó.
Minha visão já estava se adaptando à pouca luz, de modo que eu vi a silhueta de Justin. Nunca fiquei tão feliz de vê-lo. Aliás, eu nunca fiquei feliz de vê-lo, mas que se dane. Ele estava lá e isso me acalmou.
Justin: McDonald, está tudo bem? – ele disse, a voz apreensiva.
Eu: Bieber... – minha voz falhou e ele se aproximou hesitante – Está. – disse com mais convicção. – Está sim.
Justin: Tudo bem. – ele disse se virando para a porta.
Eu: Bieber? – chamei baixinho.
Justin: Oi?
Eu: Fica aqui. – falei ainda mais baixo.
Ele me olhou com dúvida, diria até que com curiosidade, e se aproximou ainda mais. Ele sentou na beirada da minha cama, quieto.
E então eu fiz uma coisa muito patética. Eu comecei a chorar. Como se eu já não tivesse chorado o suficiente.
Justin me olhou e ficou mexendo as mãos, como se não soubesse bem o que fazer. Minha visão estava meio embaçada, mas eu consegui vê-lo tirando os sapatos e posicionando-se do meu lado na cama. Sorte que ela é de casal.
Justin: É por causa dele, não é? – ele perguntou.
Eu: É por causa de tudo, Bieber. – disse em meio as lágrimas.
Ele se levantou rapidamente e começou a procurar algo no meu quarto. Ele abriu o closet, minhas caixinhas e tudo o mais, mas eu não me importei. Depois de uns segundos e muitas lágrimas, ele se sentou novamente.
Vi que ele estava segurando um celular preto em mãos. O celular de Lucas.
Juro que quando minha mãe chamou Justin para me vigiar, pensei que ela queria que ele cuidasse para que eu ficasse bem, mas não ficar jogando na minha cara que eu fui traída e que meu chifre deve estar tão grande que ele nem passa na porta. Se bem que se fosse ela no lugar do Bieber ela faria a mesma coisa...
Justin: Olha só. – ele disse destravando o celular e consequentemente exibindo a loira siliconada.
Isso fez com que as lágrimas descessem mais depressa e em maior quantidade.
Ele foi para o menu direto nas mensagens.
Justin: Vamos ver... – ele disse e escolheu uma aleatoriamente. – Bebezinho voxê é a coisinha mais fofinha desse mundão! A Bibi ti ama... – ele leu com o cenho franzido. – Ótimo, esse cara passa o rodo até no berçário.
Ele continuou rolando até parar em outra.
Justin: Eu amar vucê! Vucê amar mim? Beijo, beijoka, beijão bem molhados e manchados de batom da Marcela. – Justin riu – Analfabetas também?
Isso me fez chorar mais, porque eu não sabia em que quadro me encaixava.
Ele olhou para mim e disse:
Justin: Vamos passar para as fotos.
Eu, não sei por qual motivos, me aproximei do celular. Ele em boates com loiras e morenas o rodeando, fazendo biquinho. Vulgares.
Justin: Elas estão fazendo cover de pato? – ele perguntou e passou para a próxima foto.
Lucas na beira de uma piscina com uma ruiva de biquíni.
Justin: Ela deve ter tanto silicone que se entrar na piscina não afunda.- Justin, vendo meu estado, parou e desligou o celular.- Desculpa. – ele disse – Eu pensei que ia ajudar.
Eu achei engraçada algumas coisas, mas não o suficiente para parar com o meu choro e minha dúvida de que em que lugar eu me encaixaria. Porém, de qualquer forma, ele merecia pelo menos um “obrigada”.
E então, como eu não consigo chorar e falar ao mesmo tempo, eu fui parando e dando umas fungadas.
Eu: É só que eu fico imaginado em que categoria eu pertenço na coleção de Lucas. – disse baixinho e meio rouca.
Justin: Você não se encaixa em nenhuma dessas categorias. - fechei os olhos esperando ele falar em qual categoria eu estaria.  – Você é mais do que isso.
Sorri forçada e sem querer deixei uma lágrima escapar.
Justin: Já sei que esse assunto te deixa triste. – ele disse baixinho
Tentei obrigar minha boca a sorrir, mas não deu certo. Funguei mais um pouco.

Justin: Então – ele disse desconfortável – como sua mãe, uma nutricionista, se sente por ter o sobrenome McDonald?
Eu: Ela fica louca da vida. – disse em um tom mais normal, e dessa vez, sem lágrimas – Ela inclusive não atende quando a chamam de Mrs. McDonald. - dei de ombros – Acho que a única vez que comi um lanche desse fast food foi quando eu era criança. Eu até ganhei uma boneca.
Justin: E como você se sente? – ele perguntou, enfatizando o ”você”.
Eu: Quando não me chamam de gordurosa? – perguntei fazendo com que ele risse fraquinho. – É normal. Mas eles também me chamam de DuckDonald.
Justin: Mas o Pato Donald é legal.
Eu: Se ainda fosse o Tio Patinhas para eu ser milionária...
Pensei em voz alta. Mais que droga. Eu pelo menos já conseguia falar, e isso sem dúvidas é uma conquista e tanto.
Mas falar com Justin...
É, não sei, diferente. E encantador. Com certeza encantador.  
Justin: Às vezes dinheiro não é tudo que importa. – ele disse ao falar o negócio do Tio Patinhas.
Eu: Não. – disse – Nem vem. Todo mundo perto do Natal vira filósofo.
Justin: É a magia do Natal, baby. – ele disse, piscando um olho para mim.
Eu: Ta, mas cadê o Papai Noel me entregando os presentes que pedi na cartinha? Eu sei que estou velha, mas...
Justin: McDonald, não compare isso com o comercial da Coca-cola.
Eu: Bellari. – eu disse. – Pode me chamar de Bella.
Justin: Justin, então. – ele deu de ombros.
Endireitei-me na cama e afofei o travesseiro. Ficamos em silêncio, até eu quebra-lo.
Eu: Você acha que a energia volta logo?
Justin: Não sei. – ele disse – É tão ruim ficar na minha presença? – ele disse baixo e não pude distinguir o que seu tom sugeria. Ele estava brincando ou falando sério?
Eu: Não. – disse, mas como soou meio rude complementei: - Eu não gosto do escuro.
Justin:Eu queria que fosse hoje fosse um dia de verão.
 Eu: Por quê? – perguntei.
Justin: Porque poderíamos ficar à luz das estrelas.
Parecia uma coisa muito romântica, tanto que eu corei.
Justin: Já te vi lá, conversando com elas.
Agora estou roxa. Posso apostar que estou. Eu não sabia que alguém sabia que eu falava com as estrelas. Mas apesar de tudo, eu acho que falo com algo maior que as estrelas. E eu não estou falando da Lua. Eu acho que por trás de tudo há a minha estrela. Minha estrela guia.
Eu: Isso era segredo. – falei baixo.
Justin: Mas e então, o que você falava com elas?
- Um monte de coisas. Eu sou bem tagarela às vezes. Mas quando estava com problemas eu corria para lá.
Justin:  E agora? – ele perguntou.
Eu: E agora o quê?
Justin: Você não tem as estrelas.
Eu: É... – que resposta patética!
Justin: Pode falar comigo se quiser. – ele disse.
Eu respirei fundo e cheguei à conclusão de que era melhor falar com um Bieber do que não falar com ninguém.  Mas eu realmente pensei que eu iria falar. Santa ingenuidade. Qualquer coisa relacionada ao Lucas tocava a cratera no meu peito. E fazia as lágrimas rolarem.
Justin: Eu sinceramente acho que se você contar vai doer menos. – ele disse, apesar de um certo lampejo no seu olhar que dizia que ele já sabia de tudo. – Mas se não quiser, não precisa.- fez uma pausa - É para o seu bem... – ele murmurou baixinho.
Olhei para ele, ou mais especificamente para suas mãos que estavam indo de encontro ao meu cabelo. Ele se deteve ao perceber meu olhar.
Justin: Posso te contar uma coisa? – ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. – Bom – ele continuou – eu também já tive meu coração partido. Acho que todos já tivemos.
Ele respirou fundo.
Justin: É diferente para cada um, mas ao mesmo tempo é igualmente doloroso. O meu coração ainda dói.
Eu: Mas como você consegue parecer tão bem? – perguntei baixo.
Justin: Sei lá. Depois de anos gostando de uma mesma garota, acostumei. Eu sempre esperava que aquilo que diziam sobre “outros amores virão” acontecesse comigo. Mas nunca aconteceu. Às vezes eu penso que ela é a mulher da minha vida, mas às vezes eu penso que a mulher da minha vida não poderia ser tão cega. – ele disse e eu compartilhava da dor que ele carregava na voz.
A garota partiu o coração dele e eu partiria a cara dela. Idiota!
Justin: Quer falar sobre Lucas agora? – ele perguntou com a dor ainda em seus olhos, apesar da típica voz gentil e educada.
Eu: A minha história começou há um ano atrás. Eu o via no ponto de ônibus e ele sempre me dava umas olhadas sugestivas. E... é isso. – disse, sabendo que havia muito mais a ser partilhado. Mas para ser sincera minha história com ele era bem supérflua. 
E então nos encaramos. Ele foi se aproximando devagar e eu também fui me aproximando dele. Foi instintivo. E no segundo seguinte Justin estava me beijando e eu estava correspondendo. E era errado. Estávamos errados por nos beijar assim, sem nos gostar. Mas pior que o bendito beijava bem e eu não tive coragem de separá-lo de mim. E não tive coragem de perguntar se ele também sentiu algo se remexendo dentro dele como eu senti...

Oeeee,meninas sentiram minha falta ?
Desculpem não deu pra postar ontem,minha mãe fez as coisas da ceia tudo ontem então fiquei ocupada,em fim espero que gostem e comentem :D
beijos da loira S2

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Especial Natal part 3


Eu: Bieber, não viaja. – revirei os olhos e torci para que ele não pudesse ler minhas emoções como eu li as dele outro dia. Se é que eu as li.
 Justin:  Ah. – ele disse. Sem acreditar em mim, claro. – E então – ele disse desconfortavelmente – por que tem um celular aqui com uma foto de um cara com uma loira?
 Com uma loira?
 Justin:  Não me diga que esse é o tal  Lucas. – ele disse com repugnância. Eu continuei encarando-o, a raiva atravessando meu rosto – Ele tem idade para ser seu avô!
 Cerrei os punhos e respirei fundo.
 EuSe ele é um avô, você é um prematuro! Ou imaturo seria melhor? – falei ironicamente.
  Justin: Ele está aqui não está? – ele perguntou com raiva.
EuNão! – disse rápido. Rápido demais.
 Bieber me analisou por um segundo e subiu os degraus correndo. Subi os degraus atrás dele depois. Eu posso ser baixinha, posso ser preguiçosa e ter duas mãos esquerdas, mas eu sou rápida. Acho que fugir das chineladas da minha mãe ajudou bastante nesse quesito.
 Esbarrei no Bieber e consegui me colocar entre ele e a porta.
 EuNão. – eu disse ofegante.
  Justin:  Bella– ele quase suplicou – vamos, por favor. Não caia no jogo dele. Você é mais esperta do que isso.
 Balancei minha cabeça em “não” inúmeras vezes e ele pegou o celular dele do bolso. Não pude deixar de notar a proteção de tela. Ele beijando a bochecha de uma mulher mais velha. Pelo jeito não sou só eu que gosto de pessoas mais velhas.
 Vendo ele discar o número quase que em câmera lenta, saí da porta, mas não sem antes revirar os olhos.
 Ele entrou e eu parei na porta mesmo, cruzando os dedos para que Lucas já houvesse partido, enquanto Justin falava “Eu sei que você está aí, apareça”. Lerdo. Quero dizer, como nos filmes de terror o protagonista pergunta ao assassino onde ele está, é patético. Como se o assassino fosse responder. Lucas também não ia. Não que ele seja um assassino, mas ele é esperto.
 Justin abriu meu closet, olhou meu quarto de cabo a rabo e não o encontrou. Ele também teve tempo de olhar os banheiros e toda a casa. Quando eu pensei que ele ia engolir a minha história – tudo bem, talvez eu não tivesse pensado isso, mas tem sempre uma pequena parte de nós que nunca desiste, ela se chama esperança. Costumam dizer que ela é a última que morre. – ouvimos um barulho. Quase que instantaneamente, corremos para a janela do meu quarto.
 Vimos uma silhueta desaparecer no meio do branco da neve. Uma silhueta muito estilosa, por sinal. Uma silhueta que eu conheço em mínimos detalhes...
 Ele olhou para mim e me entregou o celular de Lucas. Era ele na foto e dava para ver que era ele correndo. Ele deve ter escapado por uma das janelas. Mas não fora isso que me chamou atenção. No protetor de tela, estava uma garota siliconada e com olhos azuis. Loira, claro.
 Justin:  Bella, - Justin disse baixo, com a sua voz rouca desfigurada por um sentimento que eu não conhecia – eu esperava mais de você. Lucas te trai. Antes de descer eu tomei a liberdade de ver um pouco do celular. Achei que você era menos boba.  – disse ele, e eu juro que ser chamada de boba nunca doeu tanto.
 E então eu o vi sair do meu quarto cabisbaixo, com as mãos no bolso. Não sei como consegui chegar até a porta, mas cheguei. De lá, gritei:
 EuEu te odeio Bieber!
 E depois eu fui caindo, aos poucos, até me encontrar sentada no chão do meu quarto.
 Eu: Eu te odeio o Lucas. – disse baixo, e completei em um tom quase inaudível – Eu me odeio.
 Chorei um pouco – tudo bem, a quem estou querendo enganar? Eu quase inundei meu quarto – e depois apenas não senti absolutamente nada. É como se eu fosse uma rosquinha, com um furo no meio, com algo faltando. Deve ser isso que chamam de curtir a fossa.
 Tomei coragem e vi algumas das mensagens de Lucas. Depois de três – com três garotas diferentes, vale frisar – eu parei. Era suicídio.
 Em seguida – não sei bem quando – Justin apareceu no meu quarto.
 EuPor que você ainda não foi embora? – perguntei em um fio de voz.
  Justin:  A neve.
Eu: O que tem a neve? – perguntei levantando mais o rosto, para olhar em seus olhos.
 Justin:  A tempestade aumentou. A neve travou a porta, eu não consigo abrir. As janelas lá de baixo também estão com neve. Estamos presos. Juntos.

Xi oque será que vai rolar ?
Os dois sozinhos em casa,muito amo ou muito ódio ?

Comentem meninas irei postar rápido beijo da loira S2